A minha vida de padre em Moçambique, está indelevelmente entrosada com este “furacão de um novo Pentecostes” que lançou a Igreja Católica na complexidade da caminhada dos tempos novos que a modernidade lhe tem imposto.
Entrei no Seminário da Guarda, onde fiz filosofia, em 1964, por tanto em pleno concílio. Era um ambiente efervescente, sobretudo entre os alunos e a equipa dos jovens padres que então constituíam o corpo pedagógico do seminário. Infelizmente, o bispo de então, Policarpo da Costa Vaz, não deixou saudades em nenhum de nós, pelo seu estilo conservador e fechado.
Em 1968, já como seminarista de Lisboa (Olivais), em Missão, encontro, em Moçambique, uma onda de aggiornamento liderada pelo recém-nomeado Bispo de Nampula, Manuel Vieira Pinto. Tratava-se de levar o concílio à prática.
Tanto em Moçambique como em Portugal, vivi sempre a incontornável ligação dos aconteci-mentos políticos com a vida da nossa Igreja, até porque esta, como sabemos, era acusada de
estar demasiado enfeudada ou, ao menos, ao lado do governo colonial de Salazar / Caetano.
No texto que aqui deixo à disposição dos leitores da revista VIDA NOVA, necessariamente escrito tendo em conta, por um lado, os limites de espaço da revista, por outro, o generalizado baixo nível de escolarização da imensa maioria dos leitores das nossas comunidades cristãs (aos quais se destina prioritariamente), ficam, pelo menos, algumas portas abertas para perceber o impacto do Concílio Vaticano II em Moçambique. Trarei mais. Prometo.
estar demasiado enfeudada ou, ao menos, ao lado do governo colonial de Salazar / Caetano.
No texto que aqui deixo à disposição dos leitores da revista VIDA NOVA, necessariamente escrito tendo em conta, por um lado, os limites de espaço da revista, por outro, o generalizado baixo nível de escolarização da imensa maioria dos leitores das nossas comunidades cristãs (aos quais se destina prioritariamente), ficam, pelo menos, algumas portas abertas para perceber o impacto do Concílio Vaticano II em Moçambique. Trarei mais. Prometo.